quarta-feira, 25 de novembro de 2009

HOJE ESTOU TODA MAFALDA...


Será que vão entender minha reflexão sobre direitos autorais?????

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

sábado, 14 de novembro de 2009

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

REFELETINDO SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UM CICLO DE DESENVOLVIMENTO DE UMA POLÍTICA PÚBLICA PARA A JUVENTUDE

1. CICLO é representado por uma série de eventos (ou fenômenos) que se repetem sucessivamente, ou seja, retornam pela mesma via de onde iniciaram. (segundo o Aurélio).

2.USABILIDADE é um termo usado para definir a facilidade com que as pessoas podem empregar uma ferramenta ou objeto a fim de realizar uma tarefa específica e importante. A usabilidade pode também se referir aos métodos de mensuração da usabilidade e ao estudo dos princípios por trás da eficiência percebida de um objeto.

E aí existe outro termo que gostaria de considerar a 3. INTERFACE, em uma relação com um objeto, ou como costumo chamar no processo de construção da relação com o sujeito da ação social : como "grudinho" das relações sociais (e na afirmação da minha posição político ideológica socialista, que não o vê como um objeto). Traduzindo: educação social uma questão de relações (CARO,2009).

Podemos ainda considerar 4. CICLO ECONOMICO como a flutuação periódica e alternada de expansão e contração de toda atividade econômica de um país ou de um conjunto de países.

Ou seja, se partirmos dessas premissas um CICLO TÍPICO, consiste num período de expansão econômica, seguido de uma recessão, ou de um período de depressão e um novo movimento ascendente ou de recuperação econômica.Existem muitas teorias sobre os ciclos econômicos, consoante a base nos princípios das doutrinas econômicas onde se baseiam.

Todavia a maioria das teorias dos CICLOS baseia-se nas variáveis e determinantes do investimento e seus efeitos, no mecanismo multiplicador do capital.

Este, em combinação com o princípio do MULTIPLICADOR, dá lugar à teoria do Acelerador, para mostrar o ajustamento do grau de investimento à variação do MERCADO.

O ciclo de Otto (ciclo termodinâmico), que em uma comparação com o que posso considerar em meu trabalho como CICLO ideal para ilustrar o que penso à respeito de POLITICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE, o CICLO que idealiza a combustão por meio de uma combustão interna de ignição por uma centelha (minha motivação socialista). Traduzindo: O motor que ainda que move a História.

E aí existem os ciclos ideais e os ciclos reais. E a análise dos discursos. E a dialética Hegeliana e a dialética Marxiana.

Passei a observei as respostas de meus colegas de academia, de convivência no trabalho. Todas indicam claramente: ANÁLISE E AVALIAÇÃO, AGENDA, PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO, A TOMADA DE DECISÃO, IMPLEMENTAÇÃO, etc, etc.

Todos baseados nos modelos gerenciais do capitalismo (fordismo, taylorismo), com sua estrutura hierárquica na implantação das políticas públicas. Ou seja, mesmo em relação ao Estado, o ciclo econômico hegemômico ainda predomina nos discursos e nas ações.

Se pensarmos o Estado, no conceito ampliado de Gramsci – Estado = sociedade civil e o seu potencial mobilizador, a proposta de um CICLO me parece mais adequada no primeiro conceito que utilizei, a de repetir processos educativos sob novos paradigmas, até que eles se tornem fenômenos sociais de verdadeira transformação e retornem para a mesma via de onde iniciaram: a sociedade (RODRIGUES, 2009).

Na "aldeia global" em que se transformou o nosso mundo, nada acontece, portanto, que não envolva amplas camadas da população. A contradição e negação é a sua resposta: as massas se tornaram a chave do nosso tempo. Quer se procure a sua legitimação instrumentalizando-as passivamente, quer elas, de baixo, manifestem ativamente as suas reivindicações nas mais diversas expressões.

Assim, enquanto, por um lado, se multiplicam e sofisticam os instrumentos de manipulação, por outro lado, a criatividade popular renasce obstinadamente, manifestando cada vez mais a sua vontade de escrever a história. A historia verdadeira, a que é feita com base na democracia que é do povo para o povo.

Os recursos tem que ser viabilizados não para implantar projetos, programas, ações pelo controle do Estado.

Mas para fomentar e descentralizar as ações, com os recursos financeiros direcionados para a sociedade civil organizada, de uma maneira participativa.

Inverter a lógica da pirâmide.
Em uma outra lógica, a da cooperação na construção de um mundo mais justo e equinanime.

Bela história a do Rei Artur e sua Távola redonda para começarmos a ensinar nossa Juventude.

domingo, 25 de outubro de 2009

IDOSO - ENCARGO OU PATRIMÔNIO

O final do séc. XX tem presenciado com indignação um recrudescimento de práticas sociais que a humanização de nossa sociedade já devia ter exilado definitivamente.

Associado ao fracasso e à desmoralização do socialismo autoritário e a ascensão política capitalista extremista, neoliberal, "pipocam" por todo o mundo episódios agudos de exclusão social, segregação, discriminação e racismo. Guiados pela barbárie da pura lei de mercado consolidam-se ilhas de riqueza, prosperidade e desperdício num oceano de pobreza, prosperidade, desperdício num oceano de pobreza, doença e fome.


Dois mundos com destinos tão diferentes capazes de por em risco nossa espécie e o equilíbrio ambiental do planeta.


Neste contexto, construir políticas públicas para a terceira idade tem um valor emblemático de luta pela democracia e pelo socialismo com liberdade. São novas propostas, novas respostas, construídas pela descentralização, pelo trabalho integrado, pela participação e pela solidariedade.


A gestão municipal atinge importância fundamental na definição dos rumos, sobretudo porque a relação entre os poderes constituídos e os cidadãos começa a ultrapassar os limites da democracia representativa.


Precisamos repensar as dimensões individuais, comunitárias e sócio-políticas do envelhecimento


(à partir da reflexão do site http://www.capacidadeplena.com.br/, criado por Alexandre Kravetsky, 75 anos, do município de Pedreira-SP.)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

QUINO E EU...


REBIMBOCA DA BERIBELINHA



Ganha um doce quem souber o que significa rebimboca da beribelinha.

Enguiçado numa esquina, o carro de um amigo viu-se socorrido por uma oficina ambulante instalada numa kombi. O mecânico levantou o capô, fez ares de entendido, mexeu daqui, fuçou dali e, peremptório, pronunciou o diagnóstico: "Precisa trocar a rebimboca da beribelinha".

"Quanto custa isto?", indagou o motorista. "É uma peça rara e cara, mas por cem reais troco para o senhor."

Feito o acordo, o rapaz enfiou a cabeça no motor e, ferramentas em mãos, iniciou a cirurgia mecânica. Findo o serviço, cinco minutos depois, o carro ligou e o motorista pagou. No dia seguinte, por precaução mineira, levou o veículo na oficina da concessionária. Só então soube que não existe rebimboca da beribelinha; o enguiço ocorrera porque soltara o cabo da bateria.

Ora, todos sabemos que existe sim rebimboca da beribelinha. É essa capacidade de certas pessoas explicarem o inexplicável: a defesa de políticos corruptos (basta comparar renda e patrimônio para se tornarem eticamente indefensáveis); a revogabilidade do irrevogável; o ex-presidente ao negar conhecer um jovem apadrinhado por ele; o senador que recorre a notas frias de frigoríficos (com perdão da redundância) para justificar sua dinheirama; a anistia a torturadores que jamais foram punidos; o famoso inquérito de trinta dias para apurar acidentes; o sumiço de drogas apreendidas pela polícia; as propaladas vantagens dos alimentos transgênicos; os anúncios de pedofilia virtual que usam crianças como iscas de consumo; a responsabilidade social de empresas que degradam o ambiente inteiro; os pregadores religiosos insensíveis à miséria circundante; o elegante contrabando de lojas de grifes etc. etc.

Rebimboca da beribelinha é a capacidade de falar sem dizer nada; prometer sem cumprir; governar sem administrar; sorrir sem estar alegre; enfim, roubar o porco e, surpreendido, sair gritando de olho no ombro: "Tira esse bicho daí! Tira esse bicho daí!".

Hoje em dia a rebimboca da beribelinha faz muito sucesso na TV. Tanto que mantém hipnotizada, dia a dia, durante horas, milhões de telespectadores que, além de umas tantas informações dos telejornais, nenhum proveito tiram para ampliar sua cultura, tornar mais crítica sua consciência ou aprofundar sua vida espiritual.

Todos nós temos enguiços na vida, dificuldades, desafios, enfim, peças a serem trocadas e decisões a serem tomadas para saber em que rumo prosseguir. Muitos, acovardados frente aos momentos críticos, apelam para a rebimboca da beribelinha. Reclamam da vida, da realidade, da política do país, do estado atual do mundo, mas nada fazem para mudar esse estado de coisas. Ficam no queixume, alugando os ouvidos de quem está ao lado, destilando ira pela vida fora, à espera de quê? Ora, é evidente, à espera de quem surja e lhes ofereça a rebimboca da beribelinha.

O maior acervo de rebimboca da beribelinha são os arquivos dos parlamentos, nos quais se conservam os discursos de vereadores, deputados e senadores. Quanta empáfia, quanto palavrório, para tão pouco resultado e proveito!

A internet não fica atrás, sobretudo a quantidade de textos, supostamente assinados por autores famosos, que circulam: pura rebimboca da beribelinha. Nada acrescentam à nossa douta ignorância. Enquanto isso, o mundo, lá fora, arde em chamas: guerras, terrorismo, bases usamericanas na Colômbia, gripe suína, narcotráfico, desmatamento da Amazônia, crianças-mendigas improvisadas em acrobatas nas vias dessinalizadas da vida...

Se confissão auricular ainda fosse obrigatória na Igreja, não seria nada mal sugerir ao penitente, em seu exame de consciência, avaliar o quanto seus atos e pensamentos, intenções e palavras, estão repletos de rebimboca da beribelinha.

Deixo a sugestão de se instituir, em clubes e condomínios, empresas e repartições públicas, grupos de amigos e associações, o prêmio anual Rebimboca da Beribelinha. A ser dado a quem, como o meu amigo do carro enguiçado, acredita no primeiro que lhe entuba pelos ouvidos lé com cré.

(Leiam Frei Betto. O homem é escritor, e autor de "A arte de semear estrelas" (Rocco), entre outros livros).